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Como atividade física contribui para equilibrar a saúde emocional

A importância de falar sobre prevenção ao suicídio

Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio, mas o tema precisa ser discutido o ano inteiro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) há um suicídio a cada 40 segundos no mundo, sendo esta a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Esse número é alarmante e revela a urgência de debatermos abertamente o assunto, quebrando tabus e incentivando a busca por ajuda.

O suicídio é um fenômeno complexo, influenciado por fatores psicológicos, biológicos, sociais e culturais. Entre as principais causas estão a depressão, ansiedade, esquizofrenia e uso de drogas. No Brasil, estima-se que quase 12 milhões de pessoas vivam com depressão, e os impactos da pandemia aumentaram ainda mais os casos devido ao isolamento social, perdas familiares e dificuldades financeiras.

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Por que a atividade física é tão importante?

Muitas pessoas ainda acreditam que o único tratamento para depressão ou ideação suicida é o uso de medicamentos, esquecendo que os exercícios físicos podem ser grandes aliados no cuidado da saúde mental. Diversos estudos mostram que a prática regular de atividade física — de 20 a 30 minutos por dia — ajuda a reduzir os níveis de estresse e ansiedade, além de melhorar o humor e a qualidade do sono.

Uma pesquisa publicada no Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry mostrou que adolescentes que praticavam atividade física regularmente apresentaram 23% menos ideias ou tentativas de suicídio. Isso significa que o simples ato de se movimentar pode ter um impacto direto na redução do risco de comportamentos autodestrutivos.

Durante o exercício, nosso corpo libera substâncias conhecidas como o “Quarteto da Felicidade”: endorfina, serotonina, dopamina e ocitocina. Esses hormônios são responsáveis pela sensação de bem-estar, pela regulação do humor e até pela melhora da autoestima. Além disso, atividades físicas promovem sociabilização, fator essencial para combater o isolamento — um dos gatilhos para quadros de depressão e ideação suicida.

Quais atividades são mais indicadas?

Em princípio, qualquer movimento conta — mas atividades aeróbicas são especialmente eficazes. Caminhada, corrida, natação, ciclismo ou remo são ótimas opções, pois exigem maior consumo de oxigênio, o que estimula ainda mais a produção dos hormônios do bem-estar. O mais importante é escolher algo que seja prazeroso, para garantir consistência.

Sinais de alerta para ficar atento

A prevenção também depende de observarmos as pessoas ao nosso redor. Fique atento a sinais como:

  • Isolamento social ou afastamento de atividades que a pessoa gostava

  • Alterações no apetite (comer em excesso ou quase nada)

  • Dormir demais ou apresentar insônia constante

  • Mudanças bruscas de humor, irritabilidade ou agressividade

  • Comentários diretos ou indiretos sobre desejo de morrer

Se você perceber algum desses sinais, ofereça escuta acolhedora e incentive a busca por ajuda profissional.

Telemedicina como apoio na prevenção

Em momentos de crise, buscar atendimento rápido é fundamental — e a telemedicina pode ser uma ferramenta valiosa. Plataformas como o Médico24hs permitem que você converse com psicólogos e psiquiatras sem sair de casa, garantindo atendimento ágil e seguro.

Conclusão

O suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido. Falar sobre o tema, acolher quem está sofrendo e incentivar hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física, são passos essenciais para salvar vidas.

Se você está passando por um momento difícil, não hesite em procurar ajuda. Converse com amigos, familiares ou busque atendimento profissional — inclusive via telemedicina. Lembre-se: pedir ajuda é um ato de coragem, e você não está sozinho.

Laura A. Morais

Autor Laura A. Morais

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