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Proibido tomar álcool durante o uso de antibióticos: mito ou verdade?

O que são os antibióticos e por que eles são tão importantes?

Antes de falarmos sobre o álcool, é essencial entender o papel dos antibióticos no nosso corpo.
Esses medicamentos revolucionaram a medicina moderna, salvando milhões de vidas ao combater infecções que antes eram fatais.

Os antibióticos são substâncias capazes de matar ou inibir o crescimento de bactérias, responsáveis por doenças como pneumonia, infecções urinárias, amigdalite, sinusite, entre muitas outras.

Eles não têm efeito sobre vírus — por isso, não tratam gripes, resfriados ou viroses, o que ainda é um erro comum entre os pacientes.

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Como os antibióticos agem no organismo

O funcionamento dos antibióticos é fascinante e varia de acordo com o tipo da substância.
Enquanto alguns destroem diretamente as bactérias (bactericidas), outros impedem que elas se multipliquem (bacteriostáticos), dando tempo para que o sistema imunológico elimine o restante da infecção.

Durante o tratamento, o corpo passa por um verdadeiro “campo de batalha” microscópico, e é por isso que seguir corretamente a prescrição médica é fundamental.
Interromper o uso antes da hora ou usar doses erradas pode causar resistência bacteriana, um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade.

Principais tipos de antibióticos e seus usos mais comuns

Nem todos os antibióticos são iguais — e entender as diferenças ajuda a compreender também como o álcool pode interagir com eles.

Veja os tipos mais comuns:

1. Penicilinas (ex: amoxicilina, ampicilina)

Usadas no tratamento de infecções respiratórias, otite, sinusite e infecções de pele.
Geralmente bem toleradas, mas podem causar reações alérgicas em algumas pessoas.

2. Macrolídeos (ex: azitromicina, claritromicina)

Indicados para infecções pulmonares, faringite e algumas doenças sexualmente transmissíveis.

3. Cefalosporinas (ex: cefalexina, ceftriaxona)

Atuam contra diversas bactérias resistentes.
São amplamente usadas em infecções urinárias e infecções hospitalares.

4. Fluoroquinolonas (ex: ciprofloxacino, levofloxacino)

Mais potentes, reservadas para infecções mais graves, como pielonefrite e pneumonia.

5. Tetraciclinas (ex: doxiciclina)

Muito usadas em infecções de pele, acne e doenças transmitidas por carrapatos.

Cada grupo tem características próprias — e alguns deles realmente interagem com o álcool de forma perigosa.

Álcool e antibióticos: uma combinação perigosa ou apenas um mito?

Esse é um dos temas mais polêmicos quando se fala em saúde.
Quem nunca ouviu alguém dizer: “não pode beber tomando antibiótico, faz muito mal”?

A verdade é que depende do tipo de antibiótico e do estado de saúde do paciente.

Em muitos casos, pequenas quantidades de álcool não interferem diretamente na ação do antibiótico.
Porém, existem exceções importantes — e mesmo quando não há interação direta, o álcool pode prejudicar a recuperação e agravar os efeitos colaterais.

Quando o álcool realmente não pode ser consumido com antibióticos

Alguns antibióticos têm interação grave com o álcool, podendo causar reações intensas, conhecidas como reação tipo dissulfiram.
Essa reação provoca sintomas como:

  • Náusea e vômito fortes

  • Rubor facial (vermelhidão)

  • Taquicardia

  • Dor de cabeça intensa

  • Tontura

  • Queda de pressão arterial

Os principais antibióticos que não devem ser misturados com álcool em hipótese alguma são:

  • Metronidazol (Flagyl®)

  • Tinidazol (Tinizol®)

  • Cefotetan e Cefoperazona

  • Linezolida

Nesses casos, até pequenas doses de álcool podem causar reações graves.
O ideal é aguardar pelo menos 72 horas após o término do tratamento antes de ingerir bebidas alcoólicas.

Como o álcool interfere no tratamento, mesmo quando não há interação direta

Mesmo que o antibiótico em uso não cause uma reação perigosa com o álcool, o consumo de bebida ainda pode prejudicar o tratamento.

Veja como:

  • Diminui a imunidade: o álcool enfraquece o sistema imunológico, dificultando a recuperação.

  • Sobrecarrega o fígado: tanto o álcool quanto muitos antibióticos são metabolizados no fígado, o que pode causar hepatite medicamentosa.

  • Aumenta os efeitos colaterais: náuseas, tontura, sonolência e dores de cabeça podem se intensificar.

  • Desidrata o corpo: a recuperação exige hidratação adequada; o álcool faz o oposto.

Portanto, mesmo sem uma interação direta, o álcool atrapalha o processo de cura.

E se eu quiser beber enquanto estou doente, mas sem usar antibióticos?

Essa é outra dúvida comum.
Mesmo sem estar em tratamento com antibióticos, beber enquanto o corpo luta contra uma infecção não é uma boa ideia.

Quando estamos doentes, o organismo precisa de energia, hidratação e nutrientes para se recuperar.
O álcool:

  • Reduz a qualidade do sono, essencial para a imunidade

  • Prejudica a absorção de vitaminas e minerais

  • Desidrata o corpo

  • Enfraquece as defesas naturais

Além disso, se a doença for viral, como uma gripe ou virose, o álcool pode piorar os sintomas, prolongar o mal-estar e causar queda de energia.

Em resumo: álcool e doença não combinam, com ou sem antibiótico.

O mito do “um gole não faz mal”

Muita gente acredita que “um copinho de vinho” ou “só uma cerveja” não trará consequências.
Porém, cada organismo reage de forma diferente, e o metabolismo de certas drogas pode ser imprevisível.

Mesmo uma pequena quantidade de álcool pode:

  • Diminuir a eficácia do medicamento, atrasando a cura;

  • Provocar reações indesejadas;

  • Aumentar a sonolência e a fadiga.

Em um momento em que o corpo está lutando para se recuperar, dar a ele mais uma substância para processar é um risco desnecessário.

Quanto tempo esperar para beber depois de terminar o antibiótico?

O tempo ideal varia conforme o tipo de medicamento e a condição de saúde do paciente.
De forma geral:

  • Para antibióticos sem interação com álcool: esperar 48 a 72 horas após o término do tratamento.

  • Para antibióticos com interação conhecida (ex: metronidazol): o ideal é esperar pelo menos 3 a 5 dias.

Isso garante que o medicamento já tenha sido completamente eliminado do corpo e que o fígado esteja pronto para metabolizar o álcool novamente.

Quando procurar orientação médica

Se você está em tratamento e tem dúvidas sobre o uso de álcool, o melhor caminho é sempre conversar com um profissional de saúde.
Graças à telemedicina, hoje é possível tirar essas dúvidas de forma rápida e prática — sem precisar sair de casa.

Na Médico24hs, você pode agendar consultas online com clínicos gerais e especialistas, além de contar com plantão médico 24h e renovação digital de receitas.

Com apenas alguns cliques, um médico pode orientar sobre o melhor tratamento, esclarecer interações medicamentosas e garantir a segurança da sua saúde.

Conclusão: é melhor evitar o álcool durante o uso de antibióticos

A verdade é simples:
misturar álcool e antibióticos nunca é uma boa ideia.
Mesmo que nem todos causem interações perigosas, o álcool atrapalha a recuperação e sobrecarrega o corpo em um momento delicado.

Cuidar da sua saúde é um ato de responsabilidade — e isso inclui dar ao seu organismo o descanso e o suporte que ele precisa para se curar.

Se tiver dúvidas sobre o uso de medicamentos, reações adversas ou tempo de recuperação, faça uma teleconsulta com um médico da Médico24hs e receba orientação personalizada, segura e sem sair de casa.

Brasil Telemedicina

Autor Brasil Telemedicina

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