
Engana-se quem diz que a dor não afeta a vida cotidiana.
A fibromialgia é uma condição de saúde comum, caracterizada por sensibilidade e dor generalizada nos músculos e articulações. Para muitas pessoas diagnosticadas com fibromialgia, a dor e a sensibilidade são constantes, mas a intensidade pode variar ao longo do tempo. Os sintomas da fibromialgia foram descritos pela primeira vez no início dos anos 1800, quando a condição era chamada de “reumatismo muscular”. No entanto, mesmo hoje, a fibromialgia ainda é em grande parte um mistério para a comunidade médica.
Como resultado, muitos equívocos existem sobre o que causa a fibromialgia, seus sintomas e como tratá-la. Neste artigo vamos revelar 3 mitos comuns sobre a fibromialgia e como a Telemedicina pode ajudar.
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Três mitos comuns
Especialistas e pessoas que convivem com a fibromialgia explicaram alguns dos equívocos mais comuns sobre a condição e como lidar com ela da melhor forma.
Mito 1: Não é real
A dor é muitas vezes subjetiva e pode ser difícil de medir. Por isso, o equívoco mais comum sobre a fibromialgia é que ela não seria uma condição real. Tanto médicos quanto pessoas com fibromialgia concordam que essa afirmação é absolutamente falsa.
Embora o mecanismo exato da fibromialgia não seja conhecido, sabe-se que ela é uma síndrome de dor complexa e difusa, caracterizada por padrões de sensibilidade muscular em ambos os lados do corpo, chamados de pontos-gatilho. Em alguns casos, a condição pode começar sem uma razão aparente. Em outras situações, a fibromialgia secundária surge como resultado de privação crônica de sono, infecções virais, doença de Lyme, artrite, hipotireoidismo ou outras condições.
Mito 2: Afeta apenas mulheres mais velhas
Outro mito amplamente aceito é que a fibromialgia afeta apenas pessoas mais velhas, especialmente mulheres. Cerca de 80 a 90% das pessoas diagnosticadas com fibromialgia são mulheres. Contudo, é uma condição comum que também pode afetar homens e pessoas mais jovens.
Quem vive com fibromialgia afirma que esse mito pode dificultar o gerenciamento diário do distúrbio. Superar o estigma de “você é muito jovem” é uma batalha para muitos, pois muitos acreditam que apenas donas de casa de meia-idade ou pessoas em idade fértil podem ser diagnosticadas, ou que se trata de um problema puramente “feminino”. Essa ideia é errada.
Para combater essas concepções equivocadas, educar as pessoas sobre a condição é a forma mais eficaz. Ser aberto sobre os problemas de saúde é importante, mas também é fundamental equilibrar o quanto se fala sobre isso para evitar se tornar um “mártir” da própria condição.
Mito 3: A dor é mínima e não afeta a vida cotidiana
Para algumas pessoas com fibromialgia, a dor pode ser tão intensa que impossibilita realizar atividades que gostariam de fazer. O impacto negativo na qualidade de vida é o que frequentemente torna a fibromialgia tão difícil de lidar.
Alguns indivíduos talentosos em artes, por exemplo, encontram dificuldades para pintar ou criar devido aos movimentos repetitivos exigidos, o que gera dor intensa e pode levar semanas para se recuperar. A dor de base pode ser constante, variando de quatro a cinco em uma escala de dor. Além disso, o desconforto é permanente.
Além da dor, a fibromialgia pode causar uma série de outros problemas, incluindo fadiga crônica, depressão, dores de cabeça e enxaquecas, períodos menstruais dolorosos, síndrome do intestino irritável e rigidez matinal. Esses sintomas, quando combinados com a dor e sensibilidade, podem afetar seriamente a vida cotidiana, tornando o dia a dia um desafio ainda maior para quem já enfrenta dor constante.
Causas e diagnóstico
De fato, a fibromialgia não é uma condição fácil de diagnosticar, uma vez que não existe uma causa clara a ser identificada. O principal sintoma é a dor e a sensibilidade pelo corpo, mas fadiga severa, distúrbios do sono e dificuldades de memória ou concentração também são comuns. Ainda não está claro o que causa esses sintomas inicialmente, mas diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver fibromialgia, incluindo eventos traumáticos físicos ou emocionais, lesões repetitivas, associação com outra doença, fatores genéticos e problemas no sistema nervoso central que influenciam a forma como o cérebro processa a dor.
Para diagnosticar a fibromialgia, os médicos geralmente pedem aos pacientes que descrevam a dor. Embora não sejam necessários exames diagnósticos específicos, como radiografias ou testes de sangue, esses exames podem ser solicitados para descartar outros problemas de saúde. Infelizmente, muitas pessoas com fibromialgia acabam consultando vários médicos antes de obter um diagnóstico devido aos equívocos comuns sobre a condição.
Isso não significa que seja impossível diagnosticar a fibromialgia. Há critérios estabelecidos pela comunidade médica para o diagnóstico, que incluem: dor e sintomas na semana anterior em áreas específicas do corpo, sintomas persistindo por pelo menos três meses e ausência de outra condição que explique a dor.
Tratamento
Em 2004, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou o uso do medicamento pregabalina para tratar a fibromialgia, que também é utilizado para tratar diversas condições de dor e epilepsia. Os médicos podem recomendar medicamentos de venda livre para aliviar a dor, como acetaminofeno, ibuprofeno ou naproxeno sódico. Medicamentos prescritos, como o tramadol, podem ser sugeridos, mas os narcóticos são evitados para não agravar a dor ao longo do tempo ou causar dependência. Alguns antidepressivos, como a duloxetina e a milnaciprano, podem ajudar a reduzir a dor e a fadiga.
Além dos medicamentos tradicionais, a prática regular de exercícios físicos leves a moderados, a manutenção de uma dieta saudável e o sono adequado são recomendados. Algumas pessoas com fibromialgia podem se beneficiar de terapias alternativas em combinação com os medicamentos, como acupuntura e massagem, além de atividades como ioga e tai chi, que são fortemente recomendadas.
Como a Telemedicina pode ajudar alguém com fibromialgia
A Telemedicina pode ser uma aliada importante para quem convive com fibromialgia, oferecendo acesso prático e contínuo a cuidados médicos sem a necessidade de deslocamentos frequentes, que podem ser dolorosos. Através de consultas online, os pacientes podem receber orientações personalizadas sobre o manejo dos sintomas, ajustes de medicação e recomendações para tratamentos complementares, como exercícios ou terapias alternativas. Além disso, o acompanhamento remoto facilita o monitoramento regular da evolução dos sintomas e permite intervenções rápidas quando necessário, proporcionando uma forma conveniente e eficaz de cuidar da saúde e melhorar a qualidade de vida. Acesse agora o Médico24hs e agende sua consulta.