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Saúde

O que fazer para não ter Osteoporose?

Por 27/05/2022novembro 8th, 2022Sem comentários

Em 2025 o nosso país pode fazer parte das 10 populações mais idosas de todo o mundo, elevando o número de portadores da osteoporose.

Em um artigo inédito realizado por pesquisadores brasileiros e que será publicado na revista britânica The Economist, é mostrado que em 2025 o nosso país pode fazer parte das 10 populações mais idosas de todo o mundo, podendo sobrecarregar o Sistema Único de Saúde (SUS) com pacientes que são portadores de doenças ósseas como a osteoporose.

Por conta disso, é de alta urgência a necessidade de melhorar os meios de prevenção para a doença assim como a procura por tratamentos mais eficazes. Devido à situação da pandemia e os esforços para combater a covid-19, doenças como essa acabaram ficando de lado, e podem voltar a se apresentar como um grande problema.

Leia também: As 10 principais doenças da terceira idade

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O que é Osteoporose?

Podemos entender a osteoporose como uma doença onde a massa óssea diminui, tornando os ossos mais frágeis e aumentando os riscos de fratura. Muitas vezes a doença não apresenta nenhum tipo de sinal ou sintoma notável, onde o diagnóstico pode ocorrer apenas após tenha ocorrido alguma fratura.

Embora a doença possa ter associação com o envelhecimento, visto que com o decorrer dos anos ocorre a perda da capacidade de metabolização e absorção de cálcio no organismo, hábitos como alimentação desbalanceada e sedentarismo influenciam.

Principais sintomas

Como mencionado anteriormente, muitas vezes a doença é assintomática, sendo identificada após a fratura de algum osso por um impacto leve.

Outros indicativos de osteoporose são a diminuição de alguns (entre 2 ou 3) centímetros de estatura que ocorre quando fraturas na coluna acabam desgastando a cartilagem entre as vértebras, dores na coluna como “pontadas” ou postura encurvada pela degeneração de vértebras.

O profissional de saúde após avaliar e analisar os sintomas poderá indicar a necessidade de realizar uma densitometria óssea, exame que consegue indicar se houve perda de massa óssea através de imagem.

Causas

Tendo alta relação com o envelhecimento e ocorrendo principalmente em mulheres acima da faixa de 50 anos por conta da menopausa, a osteoporose também pode ter o seu desenvolvimento favorecido por causas como:

  • Sedentarismo;
  • Falta de cálcio no organismo;
  • Alimentação com ausência de nutrientes essenciais;
  • Tabagismo e alcoolismo;
  • Falta de vitamina D no organismo;
  • Problemas de disfunção da tireoide.

Essas causas podem fazer com que ocorra um desequilíbrio nos ossos, fazendo com que fiquem frágeis e aumentando as chances de fraturas.

Até mesmo doenças autoimunes podem influenciar, sendo recomendado um acompanhamento médico em qualquer diagnóstico dessas causas, de modo a reduzir ou prevenir qualquer impacto da osteoporose.

Tratamento

Para tratar a doença, é necessário recuperar o fortalecimento ósseo, sendo realizado um tratamento juntamente de um profissional ortopedista com o uso de medicamentos, alimentação balanceada com alimentos com cálcio e até mesmo a suplementação de vitamina D e cálcio.

Entre os medicamentos recomendados existem a Calcitonina que consegue impedir o aumento de níveis de cálcio no sangue, a teriparatida injetável que reduz os riscos de fraturas e ranelato de estrôncio que possui ação de aumentar a formação óssea.

De modo geral, a osteoporose não possui cura, porém com o tratamento é possível obter uma melhoria da massa óssea fortalecendo os ossos e reduzindo as chances de fraturas com uma série de recomendações que precisarão ser seguidas pelo resto da vida.

Prevenindo a Osteoporose

Prevenir a doença é algo que não deve ser realizado apenas para quem já possui os sintomas, mas para todas as pessoas no geral, visto que o resultado poderá ser a obtenção da doença no futuro para adultos que são sedentários, fumantes, alcoólatras ou não consumem muitos alimentos com cálcio.

Os principais meios para prevenir a osteoporose foram relacionados a seguir. Confira!

Pratique atividade física regularmente

À medida que os avanços tecnológicos surgem, as novas gerações vão ficando cada vez mais sedentárias, justamente pelo aumento da comodidade que acaba aumentando, fazendo com que as pessoas se movimentem menos.

Quanto menos estímulos os ossos recebem, mais fracos eles acabam ficando. Quando uma pessoa fica sem andar por dias, como é o caso de pacientes internados, alterações já ocorrem nos ossos, justamente pela falta de estímulos.

Exercícios que provoquem esse tipo de esforço resultam no fortalecimento. Por isso, realizar exercícios como caminhada, musculação, pilates ou até mesmo dança de forma regular (ao menos três vezes por semana) auxiliam no melhor equilíbrio do corpo.

A musculação é uma das mais indicadas, já que o ganho de massa muscular aumenta a resistência óssea, força, equilíbrio e também melhora o sistema imunológico, sendo extremamente benéfico para evitar doenças no geral.

Tenha uma alimentação adequada

Alimentar-se de forma adequada é completamente fundamental para ter um corpo saudável, e é um dos fatores mais importantes para evitar a osteoporose. Com uma dieta rica em cálcio, com alimentos que contém essa substância, como o leite e derivados, os ossos se fortalecem.

Desde o início da vida o leite deve ser ingerido, e na idade adulta ao menos o próprio leite ou algum de seus derivados necessitam ser consumidos de forma regular, formando assim uma dieta rica desse nutriente.

No caso de pessoas intolerantes ou com restrições é necessário ingerir suplementos que contenham cálcio, já que poucas quantidades de cálcio consumidas na idade adulta podem aumentar as chances da doença óssea depois dos 60 anos.

Além do leite e seus derivados, outros alimentos como sardinha, salmão, fígado e óleo de fígado de bacalhau possuem cálcio e vitamina D em abundância. Verduras como brócolis e repolho são ricos em magnésio e cálcio.

As opções para fortalecer os ossos na alimentação são diversas e devem ser implementadas na alimentação para garantir o bom funcionamento do corpo.

Evite beber

Consumir bebidas alcoólicas é um grande fator de risco para desenvolver a osteoporose, já que o excesso de álcool reduz as reservas de cálcio do organismo e também interfere diretamente na produção de vitamina D.

O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos conseguiu observar que o excesso da bebida alcoólica ainda pode causar deficiências na produção hormonal tanto masculina quanto feminina.

No caso dos homens, com a redução dos níveis de testosterona a produção dos osteoblastos é afetada, células responsáveis por estimular a formação dos ossos. Nas mulheres, os ciclos menstruais podem se desregular, reduzindo níveis de estrogênio influenciando diretamente no metabolismo de cálcio.

Quanto maior o consumo de bebidas, maior esses malefícios e por isso é importante evitar beber em excesso.

Evite o tabagismo

Fumar além dos diversos malefícios para outros órgãos do corpo também pode prejudicar os ossos, reduzindo até 10% de massa óssea total do corpo em pessoas que fumam a quantidade de um maço de cigarros ao dia.

Um estudo publicado no FASEB Journal conseguiu concluir que o consumo de cigarro e álcool leva as mitocôndrias do corpo para uma situação de stress, ativando um mecanismo de inflamação relacionado a eliminar estruturas ósseas, estimulando a osteoporose.

Se você é fumante, procurar tratamentos para interromper o uso o mais rápido possível é o recomendável, visto que mesmo após parar ainda será necessário um longo período para que o organismo possa recuperar os ossos.

Procure tomar sol regularmente

Mesmo que o nosso corpo fabrique vitamina D, essa vitamina só cumpre a sua função após a penetração do sol na pele. Após isso ela é inserida na corrente sanguínea, auxiliando na fixação de cálcio nos ossos.

Caminhadas pela manhã em dias de sol com exposição por 15 minutos são extremamente recomendadas, pois além de estimular os ossos, você estará ativando a produção de vitamina D, ou seja, um duplo fator de fortalecimento da estrutura óssea.

Porém lembre-se, o limite de exposição sem protetor é de até 15 minutos, após isso é importante evitar o contato com os raios solares para não haver nenhum tipo de queimadura ou até mesmo câncer de pele.

Atenção na menopausa

Mesmo que não seja uma doença que afeta apenas as mulheres, é fato que a osteoporose se torna mais frequente após a menopausa devido à alta queda de estrogênio, hormônio feminino que atua como agente protetor dos ossos.

Com essa queda brusca nos níveis do hormônio, ocorre o processo de descalcificação óssea de forma rápida e intensa, fazendo com que os ossos fiquem cada vez mais frágeis e com a alta possibilidade de fraturas.

Após os 50 anos, é importante que as mulheres tenham uma atenção redobrada para isso. Em alguns casos, a reposição hormonal é recomendada, necessitando procurar um profissional da saúde nesses casos para realizar um acompanhamento adequado.

Previna-se sempre

Embora os cuidados de prevenção à osteoporose necessitem de maior atenção após um período adulto mais avançado, prevenir a doença é algo que deve ser realizado durante a vida inteira, visto que a melhor prevenção está em uma boa alimentação, vida ativa e hábitos mais saudáveis em um longo prazo.

A ingestão de alimentos com cálcio deve ser realizada desde a infância, principalmente de derivados do leite. As crianças precisam ser incentivadas a se exercitarem e brincarem de forma ativa e também ao ar livre, garantindo a produção de vitamina D e praticando atividades físicas.

Esse estímulo garante com que crianças e adolescentes tenham uma vida adulta saudável, sem grandes chances de osteoporose e também diversas outras doenças que poderiam surgir futuramente.

Principalmente após o cenário da pandemia, muitas pessoas se acostumaram a ficar dentro de casa, mas é importante estimular a vida ativa e o banho de sol diário para um maior bem-estar.

Também é importante ressaltar que mesmo sem queixas ou aparição de sintomas, a densitometria óssea é indicada para mulheres a partir dos 65 anos e homens após os 70, visto que ela pode diagnosticar osteopenia ou da própria osteoporose, podendo agir de forma preventiva antes que o quadro se agrave.

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