A prevenção através da imunização é muito importante, principalmente para idosos
O Alzheimer é uma das doenças mais desafiadoras da atualidade. Embora sua causa exata ainda seja desconhecida, novas pesquisas estão começando a revelar possíveis fatores de risco — e até estratégias de prevenção. Um estudo recente da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, trouxe um dado surpreendente: a vacina contra o herpes zoster pode reduzir em até 20% o risco de desenvolver demência, incluindo a doença de Alzheimer.
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Qual é a relação entre herpes zoster e Alzheimer?
O herpes zoster é causado pelo mesmo vírus da catapora (varicela), que pode permanecer dormente no corpo por anos. Com o avanço da idade ou momentos de estresse, esse vírus pode ser reativado, provocando a conhecida “cobreiro” — uma condição que gera erupções cutâneas dolorosas.
O problema é que essa reativação viral pode ir além da pele. O vírus pode atingir o sistema nervoso e contribuir para inflamações cerebrais, elevando o risco de doenças como demência e problemas cardiovasculares.
O que diz o estudo?
Os pesquisadores acompanharam cerca de 300 mil pessoas com mais de 79 anos, no País de Gales. Metade dos participantes recebeu a vacina contra o herpes zoster; a outra metade, não. Após sete anos, os dados mostraram que os vacinados apresentaram 20% menos chances de desenvolver demência. Esse efeito protetor foi ainda mais evidente em mulheres.
Outros estudos realizados no Canadá, Austrália e Nova Zelândia confirmaram os resultados, mostrando que a proteção pode variar de acordo com a vacina utilizada e a idade do paciente no momento da aplicação.
O que isso significa para a prevenção?
Embora a vacina contra o herpes zoster não seja uma “cura” para o Alzheimer, esses achados reforçam a importância da prevenção através da imunização, principalmente em idosos. A vacina é indicada para pessoas com mais de 65 anos e também para aquelas com doenças crônicas ou sistema imunológico enfraquecido.
Segundo o professor de epidemiologia Dr. Alberto Ascherio, os resultados apoiam a ideia de que infecções virais podem ser gatilhos para doenças neurodegenerativas. No caso do herpes zoster, acredita-se que a infecção possa estimular o acúmulo de beta-amiloides — proteínas ligadas à progressão do Alzheimer — no cérebro.
No entanto, os cientistas alertam: ainda há muito a ser estudado. As vacinas são uma parte importante da prevenção, mas o Alzheimer pode ter múltiplas causas, como predisposição genética, estilo de vida, alimentação, entre outros fatores.
Telemedicina e prevenção: como o Médico24hs pode ajudar?
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Perguntas frequentes (FAQ)
Quem deve tomar a vacina contra o herpes zoster?
A vacina é recomendada para pessoas a partir dos 65 anos e também para adultos imunossuprimidos ou com doenças crônicas, como diabetes ou doenças autoimunes.
Onde posso tomar a vacina contra herpes zoster?
Ela está disponível em clínicas privadas e em alguns postos de saúde, dependendo da disponibilidade regional. Você pode consultar um médico por telemedicina para avaliar sua necessidade.
A vacina contra herpes zoster é segura?
Sim. As vacinas contra o herpes zoster são seguras e bem toleradas, com efeitos colaterais leves, como dor no local da aplicação ou febre baixa.
A vacina contra herpes zoster substitui outras formas de prevenção do Alzheimer?
Não. Ela é mais uma estratégia complementar. Manter hábitos saudáveis, cuidar da saúde cardiovascular, evitar o sedentarismo e estimular o cérebro também são fundamentais.
É possível fazer o acompanhamento da minha saúde cerebral por telemedicina?
Sim! O Médico24hs oferece consultas com profissionais capacitados para acompanhar sua saúde neurológica e orientar sobre exames, tratamentos e prevenção.
Quem já teve herpes zoster precisa tomar a vacina?
Sim. Mesmo quem já teve herpes zoster pode e deve tomar a vacina. Ter tido a doença não garante imunidade permanente, e a vacinação ajuda a reduzir o risco de recorrência e possíveis complicações, como neuralgia pós-herpética e, como sugerem estudos recentes, até mesmo o risco de desenvolver demência.
