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Saúde

Aumento dos casos de dengue: tudo o que você precisa saber sobre a doença

Por 09/05/2022novembro 8th, 2022Sem comentários

Em época de aumento dos casos de dengue é preciso se cuidar. Saiba quais os principais cuidados você deve tomar, principais sintomas, formas de contágio e quais os tratamentos recomendados.

Aumento nas chuvas significa também o aumento dos focos do mosquito da dengue e, consequentemente, o aumento dos casos de dengue. A doença pode tanto ser assintomática ou evoluir para quadros graves, portanto, é preciso ter atenção. Continue a leitura e saiba quais os principais cuidados que você deve tomar.

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Dengue: o que é?

A dengue é uma doença infecciosa, considerada também uma doença tropical. Isso porque ocorre com mais frequência nas regiões próximas aos trópicos, o habitat ideal para o transmissor: o mosquito da dengue. A doença é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes Aegypti por meio da picada.

O mosquito tem hábitos diurnos e se multiplica principalmente em focos de água parada, já que deposita seus ovos na água. É por isso que a principal forma de se prevenir da doença é a eliminação dos focos de reprodução.

Existem 4 tipos diferentes do vírus, conhecidos como sorotipo 1, 2, 3 e 4, sendo o sorotipo 4 o mais raro e também o que mais causa preocupações. A doença é a mesma, mas com amplo espectro clínico, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Desde 2014 a OMS considera a dengue uma doença única, apesar dos vários tipos.

Formas de contágio

A dengue é uma doença contagiosa, mas não é transmitida de forma interpessoal, como acontece com outros vírus. Isso significa que não é possível pegar a dengue diretamente de outra pessoa. Com exceção em casos de transfusão de sangue ou da mãe para o bebê, pela amamentação.

A dengue é transmitida pelo intermédio da fêmea do mosquito Aedes Aegypti. Contudo, nem sempre ser picado pela fêmea do mosquito indica uma infecção. É preciso que o mosquito tenha picado uma pessoa infectada para transmitir a doença. O ciclo do contágio acontece quando o mosquito pica uma pessoa com a doença e em seguida pica outra, que é infectada.

É por isso que se fala em epidemia de dengue. Quanto mais pessoas infectadas, mais chances de ocorrer o contágio. E quando a incidência de casos não é controlada, há mais chances de ocorrerem mutações do vírus, tornando a doença mais perigosa, como veremos nos próximos tópicos.

Principais sintomas e evolução da doença

A dengue é uma doença que pode tanto ser assintomática e passar despercebida, como causar sintomas graves e até levar ao óbito. Tudo depende do tipo e das condições individuais do paciente. Conheça os principais sintomas:

  • Dor de cabeça contínua e dor atrás dos olhos
  • Dores nas articulações
  • Fraqueza, prostração e fadiga
  • Erupções cutâneas
  • Dor nas costas
  • Dor abdominal
  • Febre alta entre 39 e 40 graus
  • Náuseas e vômitos

Esses são os sintomas mais comuns da dengue e que podem durar entre 2 e 7 dias, desaparecendo após este período. Contudo, é preciso ter atenção, pois os sintomas podem evoluir para quadros mais graves. Se há acúmulo de líquidos, dores intensas, letargia, sangramento das mucosas, aumento do fígado e hipotensão (pressão baixa), é preciso procurar novamente um médico para os cuidados necessários.

Evolução da dengue

Os primeiros sintomas da dengue costumam ser febre alta, dor de cabeça e dor atrás dos olhos. Neste primeiro momento é bastante comum que a doença seja confundida com um quadro gripal, resfriado, Covid ou outras doenças. Por isso é tão importante consultar o médico para o diagnóstico da doença e para descartar outras possibilidades.

Após o desaparecimento da febre, que geralmente dura apenas 2 ou 3 dias, a dengue evolui para a cura. No entanto, em alguns casos, os sintomas mais graves apresentados acima podem aparecer. Outros sinais para ficar de olho são o pulso fraco, extremidades corporais com perda de temperatura e também manifestações neurológicas.

Alguns quadros podem evoluir para o choque, que é um estado crítico, quando o volume do plasma diminui drasticamente no organismo. Nestes casos, o paciente pode apresentar convulsões e alterações no comportamento.

Esse quadro tem uma duração curta, mas é grave. Pode levar ao óbito entre 12h e 24h após o início dos sintomas. Mas também pode ser revertido por meio de terapias antichoque e outros tratamentos ambulatoriais.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da doença é feito por meio de exames laboratoriais, apenas eles podem atestar se o paciente foi realmente contaminado. É possível detectar o vírus por meio do isolamento nos exames de sangue, nos períodos de maior evolução da doença, entre o terceiro e quinto dia de sintomas.

Testes sorológicos também são capazes de detectar a presença de anticorpos no sangue. Com tantas doenças infecciosas, mesmo constatada a dengue é importante solicitar outros exames, como por exemplo, o teste de Covid. Afinal, muitos pacientes se infectam com as duas ao mesmo tempo. Portanto, relate todos os seus sintomas e suspeitas ao médico responsável, para que faça o exame.

Tratamento

Não há um tratamento específico para a dengue. Mas independente da evolução da doença, sejam os sintomas leves ou graves, é preciso procurar orientação médica. Nos casos mais leves, o médico irá receitar medicamentos analgésicos para as dores, antitérmicos e se houver vômitos, medicamentos específicos também serão receitados.

Por mais que os sintomas da dengue sejam leves, é muito importante que o paciente evite a automedicação. Isso porque há remédios que NÃO podem ser tomados quando o paciente está com dengue. Esses remédios estão associados aos quadros de dengue hemorrágica e quadros de acidose.

Entre os medicamentos não recomendados para a dengue estão os da classe dos salicilatos (por exemplo, a Aspirina), corticóides e anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno. Quem já faz o uso de algum desses medicamentos deve consultar o médico para avaliar a suspensão durante a evolução da dengue.

Entre as recomendações gerais para o paciente com quadro leve, é recomendável consumir bastante líquido, se alimentar bem e repousar até o final dos sintomas.

Tipos de dengue: o que muda entre eles?

Há quatro tipos de dengue conhecidos até o presente momento. O tipo 1 é o mais conhecido e também o mais leve. Só é possível pegar cada um dos tipos uma vez, já que o sistema imunológico cria defesas ao tipo adquirido durante o quadro. Por isso, a reincidência da doença é bastante preocupante.

Uma pessoa só pega dengue novamente caso pegue outro tipo. Se houvesse apenas um tipo de dengue, ninguém pegaria a doença novamente. Por isso o controle da dengue é tão importante também, para que o vírus não sofra mutações, com sintomas mais graves.

Em um segundo episódio de dengue, a reação do sistema imunológico é mais exagerada, já que há uma sensibilização desse sistema. No novo quadro pode haver inflamação, aumentando assim as chances da dengue hemorrágica. Um terceiro episódio de dengue é ainda mais grave e uma quarta reincidência ainda pior, com mais chances de agravamento.

Recomendações para evitar complicações pela dengue

A dengue é uma doença que pode começar silenciosa e evoluir para casos mais graves, após a febre baixar. Portanto, tenha atenção após essa evolução inicial da doença. Outro fator de atenção é para quem pega a doença pela segunda, terceira ou quarta vez. Nestes casos, procurar atendimento médico é ainda mais fundamental para garantir uma boa recuperação e o tratamento adequado.

Existe vacina para a dengue?

Existe uma única vacina para a dengue, que ainda não está disponível no SUS. A vacina é indicada para a prevenção do vírus em todos os seus tipos (1,2,3, e 4). No Brasil, a vacina, que é francesa, foi liberada pela ANVISA em 2015. É recomendada para as pessoas na faixa etária entre nove e 45 anos, que moram nas regiões com muitos casos de dengue.

Está disponível em clínicas particulares de todo o país e cada dose custa em torno de R$140. São recomendadas 3 doses para potencializar os efeitos de prevenção.

Como se prevenir contra a dengue?

A vacina é uma das formas de prevenção, mas o combate ao mosquito da dengue também é muito importante para frear o contágio da doença. Especialmente as estações chuvosas merecem atenção, pois os ovos do mosquito da dengue sobrevivem por até 400 dias sem água. Por esse motivo, quando chove há um boom nos casos de dengue nas regiões endêmicas.

O combate do mosquito da dengue é um dever de todos e as entidades governamentais e da saúde devem manter estratégias contínuas para frear os contágios. Além disso, todos os cidadãos devem fazer a sua parte eliminando os focos de água parada. Portanto, observe seu quintal, mantenha sempre limpo e preste atenção nos seguintes fatores:

  • Mantenha pratos de plantas sempre secos ou com areia.
  • Armazene vasilhas e outros recipientes em local fechado ou viradas para baixo.
  • Mantenha calhas e escoamentos sempre limpos.
  • Caixas d’água devem ser mantidas vedadas e limpas.
  • Piscinas devem receber tratamento com cloro constantemente. Evite deixar vazia.
  • Descarte corretamente pneus e outros objetos que possam acumular água. Para armazenar, sempre em local coberto contra a chuva.

Prevenir a dengue é um dever de todos e você deve fazer a sua parte. Caso encontre focos de dengue, entre em contato com a Vigilância Sanitária da sua cidade e denuncie.

Você também pode se prevenir de picadas utilizando repelentes e roupas compridas em épocas de surto de casos.

Leia também: Conheça os principais sintomas da Ômicron e da nova gripe H3N2

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Em caso de qualquer suspeita de dengue, procure um médico para te atender. Você sabia que não precisa nem sair de casa para ter atendimento? Acesse nosso plantão com médicos disponíveis 24h, todos os dias da semana!

 

Fontes:
https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/dengue-fique-atento-aos-sintomas-e-saiba-como-se-prevenir
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/orientacao/guia_basico_de_dengue_.pdf
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/dengue/https://g1.globo.com/luta-contra-a-dengue/noticia/2011/03/entenda-por-que-o-tipo-4-do-virus-da-dengue-preocupa-os-medicos.html