Conheça o que é a doença renal crônica, quais seus sintomas e entenda por que os pacientes renais fazem parte do grupo de risco da Covid-19.
Dados as Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) apontam que cerca de 850 milhões de pessoas no mundo são afetadas pelas Doenças Renais Crônicas (DRC), com uma taxa média de 2,4 milhões de óbitos por ano. No Brasil, esse número atinge até 25 milhões de pessoas, ou seja, 1 a cada 10 brasileiros tem alguma doença renal. Deles, em torno de 100 mil fazem diálise, sendo que 30% têm mais do que 65 anos.
Estudos demonstram que, após os 35 anos, o indivíduo perde 1% da função renal por ano, o que significa que uma pessoa com 85 anos chega a ter apenas cerca de 50% dos rins funcionando. A Organização Panamericana de Saúde (OPA) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que, nos últimos 50 anos, a esperança de vida na América Latina e Caribe aumentou em 20 anos, o que naturalmente faz com que o número de doentes renais também apresente um salto.
Os rins são órgãos essenciais para o bom funcionamento do organismo. Portanto, alterações em seu funcionamento comprometem sumariamente a saúde e a qualidade de vida do paciente. Confira as principais funções dos rins:
- Limpar toxinas e impurezas do corpo
- Filtrar o sangue
- Regular a quantidade de água e sais minerais no corpo
- Liberar hormônios que mantêm a pressão arterial
- Regular a produção de glóbulos vermelhos
- Evitar a anemia e doenças ósseas.
Com todas essas funções de vital importância, devemos buscar preservar a saúde dos rins e, em casos de doenças renais, o diagnóstico precoce e tratamento são fundamentais. As enfermidades que acometem os rins são, muitas vezes, assintomáticas nos estágios iniciais. Assim, um olhar atento de uma equipe médica se mostra ser tão imprescindível para realizar o diagnóstico do paciente renal, garantido maior eficácia em seu tratamento.
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O que é a Doença Renal Crônica?
A Doença Renal Crônica se trata da perda progressiva e irreversível das funções renais, sendo que detectá-la é o primeiro grande desafio. Considerada silenciosa, é comum que seja percebida apenas quando o paciente já apresenta perda de cerca de 75% da função renal.
A maneira mais indicada para se identificar uma DRC é realizar periodicamente exames de urina e de sangue com dosagem de creatinina. Se identificada na fase inicial, a doença pode ser devidamente tratada e o paciente pode realizar a manutenção de sua qualidade de vida.
Para que a Doença Renal Crônica não seja detectada apenas quando o paciente já está com a função renal comprometida, evidenciamos a importância de alertar e estimular os profissionais de saúde de maneira geral, mas principalmente os cardiologistas, endocrinologistas, clínicos gerais e urologistas, especialidades que diagnosticam pacientes que fazem parte do grupo de risco para DRC.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da Doença Renal Crônica são as pessoas com as seguintes características:
- Pressão alta ou hipertensão
- Diabetes
- Obesidade
- Envelhecimento
- Histórico familiar
- Fumantes
- Pacientes que utilizam medicações que afetam a saúde dos rins
De acordo com o Ministério da Saúde, outras causas da doença são: choque circulatório, sepse (infecção generalizada), desidratação, queimaduras extensas, excesso de diuréticos, obstrução renal, insuficiência cardíaca grave e glomerulonefrite aguda (inflamação dos glomérulos – unidades filtrantes do rim).
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Quais são os principais sintomas de DRC?
Os sintomas da Doença Renal Crônica não são exclusivos da doença e se desenvolvem de forma lenta e progressiva em seu estágio inicial. No entanto, é possível observar alguns sinais que surgem quando a doença começa a se desenvolver. Confira os sintomas mais frequentes:
- Alteração na cor da urina (amarronzada ou sanguinolenta)
- Dor ou ardor ao urinar
- Urinar mais de uma vez à noite
- Inchaço dos tornozelos ou ao redor dos olhos
- Dor lombar
- Pressão sanguínea elevada
- Anemia (palidez anormal)
- Fraqueza e desânimo constante
- Náuseas e vômitos frequentes pela manhã
- Emagrecimento e perda do apetite
- Dor abdominal
Para se prevenir, é importante identificar indivíduos com risco para desenvolver a doença, assim como o diagnóstico precoce, o encaminhamento imediato para avaliação e, quando necessário, acompanhamento nefrológico. Além disso, cabe estar atento às doenças que mais levam à insuficiência renal, de modo a preveni-las ou controla-las – em especial a hipertensão arterial e o diabetes.
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Qual a relação entre doenças renais e Covid-19?
Segundo estudo promovido pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, a pandemia trouxe alto impacto na vida dos pacientes portadores de Doença Renal Crônica, com o aumento do tempo de internação e risco de mortalidade em nesses pacientes. Relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde colocam as pessoas que têm alguma das DRC entre os mais suscetíveis ao Coronavírus, por não produzirem hormônios renais e terem baixa imunidade.
As complicações acontecem porque, quando acometidos por uma doença renal, esses pacientes, além da imunossupressão deixam de produzir hormônios que contribuem para a formação de glóbulos vermelhos. Dessa maneira, o paciente pode apresentar anemia e agravar o quadro de pneumonia encontrado nos casos graves desencadeados pelo Covid-19.
Além disso, o acometimento agudo dos rins em pacientes com Covid-19 acarreta em impacto negativo na sobrevida. Existem vários estudos na literatura médica demonstrando a lesão direta do vírus em células renais. Para evitar esses quadros, as medidas de distanciamento social, uso adequado de máscaras cobrindo boca e nariz e uso frequente de álcool em gel são fundamentais no enfrentamento da pandemia.
Alerta: em comunicado, a SBN informa que pacientes em diálise não devem parar o tratamento ou diminuir o tempo de sessões, o que coloca também suas vidas em risco, sendo necessário uma orientação médica individualizada para receber instruções adequadas.
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