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COVID-19Saúde

Covid-19 e tabaco: uma combinação perigosa

Por 14/02/2022novembro 8th, 2022Sem comentários

Descubra por que o Coronavírus é pior para quem fuma e confira dicas para parar de fumar.

Após 2 anos de pandemia, certamente você já ouviu dizer que existe uma relação importante entre o cigarro e a Covid-19. Pesquisas divulgadas pela Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia apontam que essa combinação pode ser fatal. Estima-se que, entre os fumantes – que somam 20 milhões no Brasil –, existe uma chance 45% maior de complicações quando são infectados pelo Coronavírus.

A OMS – Organização Mundial da Saúde levantou que os fumantes têm um risco até 50% maior de desenvolver doença grave e morte por Covid-19, portanto, parar de fumar é a melhor decisão para se fazer neste momento, reduzindo tanto o risco do coronavírus, quanro o de desenvolvimento de câncer, doenças cardíacas e respiratórias. Queremos, com esse artigo, te ajudar nesse processo de parar de fumar para sempre.

A Associação Médica Brasileira, por intermédio da Comissão de Combate ao Tabagismo alerta os cidadãos quanto aos importantes riscos de fumar ou vaporizar tabaco, que, além de outras 50 doenças, favorece a transmissão e o agravamento do quadro clínico causado pelo SARS-CoV-2.

Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer, o tabaco causa diferentes tipos de inflamações e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por esses motivos, os fumantes têm maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos. Os fumantes são acometidos com maior frequência por infecções como sinusites, traqueobronquites, pneumonias e tuberculose. Além disso, o consumo do tabaco é a principal causa de câncer de pulmão e importante fator de risco para doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), entre outras doenças.

Sendo assim, afirmamos que sim, o tabagismo é fator de risco para a Covid-19. Devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, o fumante possui mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.

Leia também: Mortes por doenças cardiovasculares aumentaram em média 50% durante a pandemia

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Razões para parar de fumar

Não há que não saiba ou já tenha sido alertado: fumar é prejudicial à saúde. A Organização Mundial da Saúde considera o consumo de tabaco como a principal epidemia prevenível enfrentada pela comunidade sanitária.

De acordo com estudos levantados pela OMS, os benefícios de deixar de fumar são quase imediatos: aos 20 minutos, a frequência cardíaca diminui. Após 12 horas, as concentrações de monóxido de carbono no sangue voltam ao normal. Entre a segunda semana e os três meses, a circulação e a função pulmonar melhoram.

Entretanto, confira outras 6 razões para parar de fumar, levantadas pela Organização Mundial da Saúde:

  1. Os fumantes têm um maior risco de desenvolver casos mais graves da Covid-19 e de morte pela doença

A cada ano, cerca de 8 milhões de pessoas morrem por causa do tabaco. E, com a pandemia, este risco aumentou. Os fumantes têm maior probabilidade de ter um caso grave ou morrer pelo novo coronavírus.

Em estudo realizado pela Universidade da Califórnia em São Francisco no último ano, foi encontrado o resultado de que 30% dos fumantes desenvolveram formas mais severas da Covid-19, em comparação com 17,6% entre os não-fumantes.

  1. O tabaco afeta a aparência física

Além do odor que se impregna na pele, nas roupas, nos lugares, o tabaco dá uma coloração amarelada aos dentes e cria um excesso de placa dentária. Também provoca o envelhecimento prematuro da pele, pois se desgastam as proteínas que lhe dá elasticidade, a vitamina A e a irrigação sanguínea.

E, segundo a explicação da OMS, fumar aumenta o risco de desenvolver psoríase, uma enfermidade inflamatória e não-contagiosa da pele que se manifesta em forma de manchas avermelhadas, que causam coceiras e acumulam pus em todo o corpo.

  1. O tabaco é uma ameaça para os fumantes, mas também para a saúde de sua família e amigos

Fumar não afeta somente os fumantes, mas também aqueles que estão expostos à fumaça do tabaco alheio. De acordo com a OMS, mais de um milhão de pessoas morrem a cada ano devido à exposição à fumaça do tabaco.

Além disso, os não-fumantes também estão em risco de desenvolver câncer de pulmão, diabetes tipo 2, e a progressão de infecção latente por tuberculose a enfermidade ativa. Os cigarros eletrônicos também expõem os não-fumantes e os transeuntes à nicotina e outras substâncias químicas nocivas.

E, nas palavras da OMS, os cigarros são uma causa importante de incêndios acidentais e das mortes que esses ocasionam.

  1. Fumar cigarros eletrônicos perto de crianças pode comprometer a saúde na infância

Filhos de fumantes têm mais risco de ver a sua saúde comprometida. Segundo a OMS, estes têm uma capacidade pulmonar reduzida e na idade adulta podem padecer de transtornos respiratórios crônicos.

Além disso, as crianças em idade escolar expostas ao fumo do tabaco podem correr o risco de desenvolver asma, e os menores de dois anos podem “contrair uma enfermidade no ouvido médio que pode conduzir à perda de audição e à surdez”.

  1. O consumo de tabaco tem consequências sociais negativas

A OMS adverte que “o consumo de tabaco pode afetar negativamente as interações e as relações sociais” e deixar de fumar é “dar um bom exemplo a filhos, amigos e entes queridos”.

A entidade afirma que deixar de fumar significa não ter restrições acerca de onde poder ir, poder se relacionar socialmente e não sentir-se isolado nem ter de sair dos espaços para fumar. Ademais, aumenta a produtividade, ao não ter de largar o que está se fazendo para fumar o tempo todo.

  1. Fumar é caro

O tabaco também afeta o bolso. Um estudo mostrou que os fumantes gastam em média US$ 1,4 milhões (cerca de R$ 7,3 milhões) em gastos pessoais, incluindo o gasto com cigarros, os gastos médicos e os salários mais baixos devido ao tabagismo e à exposição à fumaça de tabaco alheia.

Isso poderia afetar não somente a produtividade, ao perder dias de trabalho, mas também, segundo a organização, aumenta a pobreza, já que os lares gastam com tabaco um dinheiro que poderiam dedicar a necessidades básicas, como a alimentação e o ambiente em que vivem.

O fumo também afeta a economia mundial. Estima-se que os custos sanitários para o tratamento de enfermidades causadas pelo tabaco e a perda de capital humano pelos efeitos e as mortes atribuídas ao hábito chegam a 1,4 bilhões de dólares.

Leia também: Meta para 2022: descansar e me divertir mais!

E como parar de fumar?

Se você chegou até aqui e decidiu parar de fumar, parabéns! Queremos te ajudar nesse processo de investimento em sua saúde e qualidade de vida. Confira nossas sugestões para você enfrentar e abandonar esse vício de uma vez por todas:

  1. Realize consultas com profissionais de saúde

O primeiro passo que indicamos, como agentes de saúde, é que você agende uma consulta com um médico, para realizar um primeiro check-up e que demonstrar como está o seu estado físico. Sugerimos, especialmente, profissionais como médico cardiologista, pneumologista, assim como psicólogo especialista em tabagismo. Acreditamos no tratamento multidisciplinar, para uma condução mais personalizada do seu caso e apoio integral à sua jornada de bem-estar.

  1. Tenha paciência

Não é simples ou fácil deixar a dependência química das mais de 4.700 substâncias presentes no cigarro, em especial a nicotina. O corpo sente falta e reage com sintomas como ansiedade, irritabilidade, falta de concentração, sonolência ou insônia. Mas é uma fase que, em geral, dura entre um mês e meio e três meses, na qual será preciso fazer um esforço ativo para lutar contra a vontade de fumar. Portanto, o passo um se torna tão necessário para te ajudar, assim como o apoio da família e de amigos.

  1. Mude o cenário da sua rotina

Limite as possibilidades de acesso ao cigarro dentro de casa, no carro e no trabalho. Tire maços e isqueiros dos lugares onde você costuma fumar para não cair em tentação sem perceber. É uma maneira de fazer o cérebro lembrar que você decidiu parar de fumar.

  1. Distraia a vontade

A vontade de fumar não vai desaparecer da noite para o dia. O que se pode mudar é aprender a lidar com ela. Quando bater a abstinência, lembre-se de que essa vontade é passageira: dura de dois a dez minutos. Nesse intervalo, concentre-se em outra atividade – como beber água gelada, chupar uma bala de gengibre ou mastigar palitos de cenoura, pepino ou funcho – ou faça exercícios de respiração.

  1. Aprenda técnicas de relaxamento

Ninguém vai negar que o processo para largar o cigarro é estressante. A sorte é que existem muitas técnicas de relaxamento, de controle da respiração e de atenção plena (mindfulness) que podem ajudar a manter a serenidade nos piores momentos. O importante é sair dessa energia: vá caminhar um pouco, ouça música, desabafe sobre o que te angustia, descubra um novo hobby.

  1. Escove logo os dentes

Fumar um cigarro depois de uma refeição é um hábito arraigado entre muitos fumantes, mas pode ser mudado. Para não cair em tentação, escove os dentes logo depois que sair da mesa – outra tática é usar enxaguante bucal.

  1. Cuidado com o álcool

É verdade essa história de que beber dá vontade de fumar. O álcool faz o corpo eliminar a nicotina mais rapidamente, então é preciso fumar mais para ter a mesma quantidade de nicotina no corpo. Além disso, a bebida relaxa o processo de inibição no cérebro, por isso fica mais fácil dar uma escapadinha.

  1. Ocupe-se com o que você gosta

Já que você está no clima de mudar, sair da zona de conforto, que tal começar a se dedicar a uma nova atividade, como um curso, um esporte, ir ao cinema? Quando o cigarro sai de cena como fonte de prazer, é imprescindível ter outras atividades que tragam a mesma satisfação para a sua vida.

  1. Comece a se exercitar

A atividade física diminui a fissura com o tabaco e compensa o ganho de peso natural (de dois a três quilos) ao deixar o cigarro, aponta Sabrina. Além disso, fazer exercícios também é um bom incentivo para adotar hábitos mais saudáveis no dia a dia.

  1. Reveja seus laços

Para muita gente, fumar no intervalo do trabalho, por exemplo, é uma maneira de trocar confidências, desabafar e, assim, formar laços sociais e afetivos. Por isso, é importante pensar em outras maneiras de compartilhar esses momentos com os amigos e colegas de trabalho. “É importante aprender a se interessar pelas pessoas sem acender o cigarro”, diz Ana Lúcia.

  1. Faça terapia

Em alguns casos, o cigarro é visto como um apoio emocional para quem está passando por momentos de angústia e de tristeza. Sem ele, esses sintomas podem piorar. Por isso, o ideal é buscar ajuda psicológica e fazer uma terapia para aprender a lidar com a causa real desse estado.

Leia também: Meta para 2022: fazer check-ups de saúde regularmente

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