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COVID-19Saúde

Descubra como as vacinas funcionam e qual sua importância

Por 02/06/2021novembro 8th, 2022Sem comentários

As taxas de vacinação para as diversas doenças caíram de forma alarmante em todo o mundo, portanto, nunca foi tão importante falar sobre o tema!

Com a pandemia e a ampla busca por vacinas contra a Covid-19, é possível ler notícias sobre esse tema diversas vezes por dia. Como o debate está em evidência, surgem também indagações naturais sobre o papel das vacinas na prevenção de doenças, quais são seus benefícios, como elas funcionam no corpo, se há riscos e quais são os efeitos adversos. E é sobre tudo isso que vamos conversar com você hoje.

Apesar deste assunto estar tão frequente, as estatísticas apontam para uma elevada taxa de queda de vacinação. No Brasil, de acordo com o Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, dados mostram elevada queda de cerca de 70% na cobertura vacinal após o início da pandemia.

Este hábito não está acontecendo apenas em nosso país, mas se trata de uma tendência no mundo. Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, a taxa de vacinação caiu mundialmente devido à crise gerada pelo Coronavírus, sendo que mais de 80 milhões de crianças com menos de um ano correm risco de contrair doenças que poderiam ser evitadas pelas vacinas, algumas delas inclusive já erradicadas. Os dados são de uma pesquisa realizada com 82 países pela OMS e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que aponta queda de vacinação em ao menos 68 países.

Esses números alarmantes demonstram que as pessoas estão focadas quase que exclusivamente no combate ao Coronarívus, o que as leva a se esquecerem das demais doenças, causando um problema comunitário em larga escala, especialmente para as crianças. Nesse contexto, há ainda o medo das pessoas em saírem de casa e irem a um centro ou posto de saúde, objetivando a proteção contra uma possível contaminação, mas colocando a saúde em risco em relação ao cuidado com outras doenças.

Além dessa questão, outro ponto que contribui para a baixa procura por vacinação são os movimentos antivacina, que disseminam que essa fonte de imunização não deve ser utilizada, visto que ofereceria riscos ao paciente, devido ao contato do corpo com o vírus. Mas, nossa equipe ressalta que é necessário adotar uma consciência coletiva responsável, evitar os achismos e acreditar na ciência, de forma a proteger a saúde dos indivíduos ao nosso redor e nós mesmos, criando uma cadeia de proteção. Salientamos que é um grande engano promover a não-vacinação, uma vez que a imunização protege vidas, ao impedir que as pessoas vacinadas sejam expostas a doenças. Levar pânico, compartilhar fake news e adotar a “achologia” só coopera para inibir as pessoas de se protegerem e para alastrar graves patologias.

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Como funcionam as vacinas

As vacinas são substâncias constituídas por vírus ou bactérias, utilizadas para induzir a imunidade ao estimular o organismo a produzir anticorpos contra diversas doenças. A vacinação tem eficácia comprovada na prevenção de patologias específicas e até erradicando-as, como é o caso da poliomielite, que não existe no Brasil desde o início dos anos 90 devido às políticas de prevenção do Sistema Único de Saúde (SUS).

O estímulo para produção de anticorpos a partir da vacina ocorre pela apresentação ao nosso corpo do vírus ou da bactéria, mas de uma maneira que o vacinado não fique doente e, ainda assim, adquira imunidade. A vacina ajuda o organismo a ter uma defesa acentuada contra infecções e poupa as pessoas de complicações das doenças, sendo ainda mais importante na vida de crianças e idosos.

Quando alguém é vacinado, ao reduzir o risco de infecção, torna-se menos provável que esse indivíduo transmita a doenças para outras pessoas. Assim, quanto mais gente é vacinada em uma comunidade, é reduzida a possibilidade de transmissão de patógenos de uma pessoa para a outra, gerando o efeito de ‘imunidade de rebanho’.

Existem diversos tipos de vacinas:

  • Vacina atenuada: apresenta o vírus ou bactéria enfraquecidos;
  • Vacina inativada: contém vírus ou bactéria inativados;
  • Vacina com toxóides: apresenta uma versão enfraquecida da toxina produzida pela bactéria;
  • Vacinas com subunidades: apresenta apenas partes de vírus ou bactérias.

Desse modo, sem as vacinas, a sociedade corre o risco de contrair doenças como sarampo, meningite, pneumonia, tétano e poliomielite, sendo muitas delas fatais. A OMS estima que as vacinas salvam entre 2 e 3 milhões de vidas todos os anos. Mesmo algumas doenças tendo se tornado incomuns, seus germes continuam a circular em diversas partes do mundo, podendo facilmente cruzar fronteiras e voltar a infectar pessoas que estejam sem a imunidade.

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Como as vacinas são produzidas?

Há inúmeras vacinas em desenvolvimento ou sendo testadas, incluindo aquelas que protegem contra ebola ou malária e, muito especialmente, Covid-19, mas que ainda não estão amplamente disponíveis em todo o mundo.

A produção delas começa a partir da escolha dos componentes do vírus ou bactéria que irão integra-la e determinar qual será o seu tipo. Em seguida, é investigado o seu funcionamento e qualidade, em testes que são divididos em fases:

  • Fase pré-clínica: teste em animais, que levam aproximadamente um ano
  • Fase clínica: teste em humanos e de tempo variável
    • Fase 1: avalia os possíveis efeitos colaterais
    • Fase 2: avalia a eficácia e capacidade de produzir anticorpos
    • Fase 3: milhares de pessoas são vacinadas e acompanhadas para comprovar a segurança e eficácia
  • Fase pós-produção: regulamentação, produção em massa e distribuição da vacina

Vale ressaltar que os efeitos adversos da vacina podem ocorrer, mas que geralmente são leves e de curta duração. De acordo com publicação da OMS, os efeitos adversos raros acometem menos de apenas 1% dos vacinados, incluindo sintomas como reação alérgica grave e choque anafilático. Já os efeitos colaterais considerados mais comuns, que duram até 48 horas, são: dor e vermelhidão no local da aplicação, mal-estar, dor de cabeça e febre.

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Vacinação no Brasil: histórico e alerta

De acordo com o Guia do Estudante, em 1904, um surto de varíola levou o médico Oswaldo Cruz a iniciar uma campanha de vacinação obrigatória. O ato não agradou as camadas mais populares do país que, sem maiores esclarecimentos sobre o que era o antiviral, recusaram-se a aderir à campanha. Assim, no Rio de Janeiro, eclodiu a Revolta da Vacina. De lá para cá, passaram-se mais de cem anos, mas algumas coisas permanecem iguais. Como comentamos anteriormente, ainda existe quem faça propaganda equivocada dos malefícios da vacinação.

Atualmente, temos em nosso país um Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que estabelece calendário básico de vacinação para crianças, adultos e idosos. O SUS disponibiliza, gratuitamente, vacinas para mais de 20 doenças nas Unidades Básicas de Saúde.

E manter o calendário de vacinas em dia nunca foi tão importante! Veja o caso do sarampo que, durante muitos anos, foi uma das principais causas de morbidade e mortalidade na infância, principalmente nos menores de 1 ano de idade. A doença comportava-se de forma endêmica no país, com epidemias a cada 2 ou 3 anos. Assim como a Covid-19, o sarampo também é transmitido pelo ar e pelo contato humano. De acordo com o Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, o sarampo é ainda mais contagioso, sendo que uma pessoa infectada pode contaminar de 9 a 10 indivíduos, enquanto que a taxa de transmissão do Coronavírus é de cerca de 3 pessoas a cada pessoa contaminada.

A poliomielite também é uma das doenças que teve uma baixa na vacinação durante a pandemia.  Também conhecida por pólio ou paralisia infantil, é uma doença viral que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode acarretar paralisia, geralmente nos membros inferiores. Ela afeta principalmente crianças com menos de cinco anos de idade, e uma em cada 200 infecções leva a uma paralisia irreversível.

Os casos de poliomielite diminuíram mais de 99% nos últimos 30 anos, devido à vacinação: dos 350 mil casos estimados em 1988 para 29 casos notificados em 2018. Mas enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a doença.  Conforme dados divulgados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), se a doença não for erradicada, podem ocorrer até 200 mil novos casos no mundo, a cada ano, dentro do período de uma década.

Cuidados durante a vacinação

Pensando em te ajudar a manter o cartão de vacinação de toda a família em dia, confira alguns cuidados para prevenção durante a pandemia:

  • Se possível, evite o transporte público como trajeto até a unidade básica de saúde
  • Mantenha distância de cerca de dois metros de outras pessoas;
  • Não deixe crianças tocarem em superfícies e objetos. Se acontecer, higienize suas mãos com álcool em gel;
  • Crianças menores de dois anos não devem usar a máscara, devido ao risco de sufocamento. Para crianças maiores, o item é necessário, já que diminui o risco de contaminação;
  • Se a criança estiver gripada ou tiver tido contato com casos suspeitos ou confirmados de coronavírus, deve-se adiar a vacinação por 14 dias. O mesmo vale para idosos, a ser confirmado com um médico.

Para conferir como está evoluindo a vacinação contra o Coronavírus no Brasil, acesse o site https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao e confira os números, atualizados diariamente, na campanha promovida pelo Ministério da Saúde chamada #PatriaVacinada.

Por fim, deixando de lado qualquer viés político, quando uma vacina é disponibilizada para a sociedade, como está acontecendo atualmente com a Covid-19, é importante que a população se mobilize à favor da imunização e confie nos estudos realizados pelas entidades de saúde, pois é necessário que sejam realizadas diversas fases de pesquisa e aprimoramento para, então, possibilitar uma regulamentação com segurança. Cuide de você, da saúde de sua família e de sua comunidade. Seja você também a favor da vacinação – não apenas contra o Coronavírus, mas contra todas as demais doenças!

Você tomou vacina e está com alguma reação? Tem alguma outra queixa ou dúvidas sobre saúde? Não espere mais: fale com um médico da nossa equipe do plantão online a qualquer momento. Todos os dias, 24 horas, estamos à disposição em nosso site para realizar a sua teleconsulta, com conforto, segurança e agilidade. Queremos te ajudar ao sinal do primeiro sintoma que te incomodar.

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