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Saúde

3 alterações de saúde diagnosticáveis no hemograma

Por 16/11/2021novembro 8th, 2022Sem comentários

Saiba hoje por que é tão importante ter esse exame de sangue sempre atualizado, para garantir seu bem-estar e levantar quando é necessário buscar apoio médico.

Quando estamos com alguns sintomas nos incomodando, é muito comum procurar um médico com a esperança de que ele nos dará uma solução já no momento da consulta. Entretanto, diversas doenças necessitam de exames laboratoriais ou de imagem para que sejam diagnosticadas de maneira correta. Os resultados deles auxiliam o profissional a ter mais assertividade na investigação do que o paciente possa ter, em busca de entregar ao paciente um atendimento individualizado, sempre focados na retomada da qualidade de vida e em descobrir patologias em estágio ainda precoce.

O hemograma é um tipo de exame de sangue realizado para medir a saúde geral do paciente, sendo uma das solicitações mais comuns realizadas pelos médicos nos exames de rotina. Isso porque ele avalia a saúde de um modo geral, calculando a quantidade e forma dos três tipos de células básicas presentes no sangue.

Através da análise dos leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas, o hemograma fornece ao médico informações importantes sobre as células do sangue, sendo muito útil para auxiliar o diagnóstico ou acompanhar a evolução de diversas doenças.

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Entenda mais sobre os 3 principais componentes sanguíneos analisados no hemograma:

  1. Hemácias

As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos, são as células sanguíneas responsáveis pelo transporte de oxigênio. Níveis elevados de hemácias indicam policitemia, o que pode prejudicar as demais células e deixar o sangue espesso. Se o hemograma detectar uma diminuição das hemácias, pode ser sinal de anemia ou hemorragia.

  1. Leucócitos

Os leucócitos ou glóbulos brancos são as células de defesa do corpo. A contagem dos glóbulos brancos serve para detectar infecções ou inflamações, avaliar a necessidade de se fazer uma biopsia da medula óssea ou analisar a resposta do organismo a tratamentos com antibióticos, quimioterapia ou radioterapia.

Quando os leucócitos estão elevados (leucocitose), pode ser sinal de infecção, leucemia, infarto do miocárdio, gangrena ou morte (necrose) de algum tecido. Se o número de glóbulos brancos estiver reduzido (leucopenia), pode indicar uma depressão da medula óssea causada por infecções virais ou tratamento do câncer, além de ingestão de mercúrio ou exposição ao benzeno. Dentre as doenças que podem causar leucopenia estão febre tifoide, influenza, sarampo, hepatite infecciosa e rubéola.

  1. Plaquetas

As plaquetas são as células sanguíneas responsáveis pela coagulação. A contagem do número de plaquetas serve para avaliar a capacidade de coagulação do sangue, bem como diagnosticar ou verificar as causas de um aumento ou diminuição dessas células.

Assim, em suma, o hemograma pode auxiliar o diagnóstico de uma grande variedade de doenças e problemas de saúde, como:

  • Anemia;
  • Leucemia;
  • Alterações no sistema imunológico (doenças autoimunes)
  • Processos infecciosos e inflamatórios
  • Infarto
  • Reações a medicamentos;
  • Hemorragias
  • Alergias.

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As 3 doenças diagnosticadas no hemograma que são um sinal de emergência

Lembramos que o resultado do hemograma deve ser avaliado sempre por um médico. Para se entender melhor sobre a importância desse exame, veja abaixo um pouco mais sobre algumas dessas doenças.

1. Anemia

Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. Porém, a anemia causada por deficiência de ferro, denominada anemia ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro). O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.

Crianças, gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados pela doença, muito embora homens -adolescentes e adultos- e os idosos também possam ser afetados por ela.

Sintomas

Os sinais e sintomas da carência de ferro são inespecíficos, necessitando-se de exames laboratoriais de sangue para que seja confirmado o diagnóstico de anemia ferropriva. Os principais sinais e sintomas são: cansaço generalizado, falta de apetite, palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas), menor disposição para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianças, apatia (crianças muito “paradas”).

Consequências

A anemia ferropriva traz os seguintes efeitos adversos ou consequências: diminuição da produtividade no trabalho, diminuição da capacidade de aprendizado, retardamento do crescimento, apatia (morbidez), perda significativa de habilidade cognitiva, baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal. Além disso, pode ser a causa primária de uma entre cinco mortes de parturientes ou estar associada a até 50% das mortes.

Fontes de ferro

O ferro pode ser fornecido ao organismo por alimentos de origem animal e vegetal. O ferro de origem animal é melhor aproveitado pelo organismo. São melhores fontes de ferro as carnes vermelhas, principalmente fígado de qualquer animal e outras vísceras (miúdos), como rim e coração; carnes de aves e de peixes, mariscos crus. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o leite e o ovo não são fontes importantes de ferro. Contudo, no mercado já existem os leites enriquecidos com ferro. Entre os alimentos de origem vegetal, destacam-se como fonte de ferro os folhosos verde-escuros (exceto espinafre), como agrião, couve, cheiro-verde, taioba; as leguminosas (feijões, fava, grão-de-bico, ervilha, lentilha); grãos integrais ou enriquecidos; nozes e castanhas, melado de cana, rapadura, açúcar mascavo. Também existem disponíveis no mercado alimentos enriquecidos com ferro como farinhas de trigo e milho, cereais matinais, entre outros.

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2. Leucemia

A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Segundo a Abrale, Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, quando diagnosticada precocemente, as chances de cura da leucemia são de 90% para as crianças e de 50% em adultos de até 60 anos.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em cada ano do triênio 2020-22, cerca de 11 mil pessoas serão diagnosticadas com leucemia. Entre os anos de 2018 e 2019, a Abrale realizou uma série de pesquisas com pacientes de LMA, LLA, LMC e LLC. Foi observado que 50% dessas pessoas não sabiam o que era essa doença antes de serem diagnosticadas com o câncer.

A medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.

Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas.

Tipos e subtipos

As leucemias podem ser agrupadas com base na velocidade em que a doença evolui e torna-se grave.  Sob esse aspecto, a doença pode ser do tipo crônica (que geralmente agrava-se lentamente) ou aguda (que costuma  piorar de maneira rápida):

  • Crônica: no início da doença, as células leucêmicas ainda conseguem fazer algum trabalho dos glóbulos brancos normais. Médicos geralmente descobrem a doença durante exame de sangue de rotina. Lentamente, a leucemia crônica se agrava. À medida que o número de células leucêmicas aumenta, aparecem inchaço nos linfonodos (ínguas) ou infecções. Quando surgem, os sintomas são brandos, agravando-se gradualmente.
  • Aguda: as células leucêmicas não podem fazer nenhum trabalho das células sanguíneas normais. O número de células leucêmicas cresce de maneira rápida e a doença agrava-se num curto intervalo de tempo.

As leucemias também podem ser agrupadas baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam: linfoides ou mieloides. As que afetam as células linfoides são chamadas de linfoide, linfocítica ou linfoblástica. A leucemia que afeta as células mieloides são chamadas mieloide ou mieloblástica.

Combinando as duas classificações, existem quatro tipos mais comuns de leucemia:

  • Leucemia linfoide crônica: afeta células linfoides e se desenvolve de forma lenta. A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55 anos. Raramente afeta crianças.
  • Leucemia mieloide crônica: afeta células mieloides e se desenvolve vagarosamente, a princípio. Acomete principalmente adultos.
  • Leucemia linfoide aguda: afeta células linfoides e agrava-se de maneira rápida. É o tipo mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos.
  • Leucemia mieloide aguda: afeta as células mieloides e avança rapidamente. Ocorre tanto em adultos como em crianças, mas a incidência aumenta com o aumento da idade.

Sinais e sintomas

Os principais sintomas decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção das células sanguíneas normais. A diminuição dos glóbulos vermelhos ocasiona anemia, cujos sintomas incluem: fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, entre outros. A redução dos glóbulos brancos provoca baixa da imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções muitas vezes graves ou recorrentes. A diminuição das plaquetas ocasiona sangramentos, sendo os mais comuns das gengivas e pelo nariz e manchas roxas (equimoses) e/ou pontos roxos (petéquias) na pele.

O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado); dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central (SNC), podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.

Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação da leucemia.

Leia também: As 10 doenças autoimunes

3. Alterações no sistema imunológico (doenças autoimunes)

Uma doença autoimune se trata de um mau funcionamento do sistema imunológico, levando o corpo a atacar os seus próprios tecidos. O sistema imunológico precisa primeiro reconhecer as substâncias estranhas ou perigosas antes de poder defender o corpo contra elas. Estas substâncias incluem bactérias, vírus, parasitas, algumas células cancerígenas e até órgãos e tecidos transplantados. Estas substâncias possuem moléculas que o sistema imunológico é capaz de identificar e que podem estimular uma resposta do sistema imunológico, chamadas de antígenos.

As células nos próprios tecidos da pessoa também possuem antígenos. Normalmente, o sistema imunológico reage apenas aos antígenos de substâncias estranhas ou perigosas e não aos antígenos dos próprios tecidos da pessoa. No entanto, às vezes o sistema imunológico funciona de forma incorreta, considerando os próprios tecidos do organismo como elementos estranhos e produzindo anticorpos anômalos (denominados autoanticorpos) ou células imunológicas que vigiam e atacam determinadas células ou tecidos do organismo. Esta resposta é denominada reação autoimune, que resulta em inflamação e dano tecidual.

Existem muitas doenças autoimunes. Algumas das doenças autoimunes mais comuns incluem a artrite reumatoide, diabetes mellitus tipo 1, lúpus, vasculite e polimiosite.

Causas de doenças autoimunes

As reações autoimunes podem ser desencadeadas de várias formas:

  • Uma substância normal do organismo pode sofrer uma alteração provocada por um vírus, um fármaco, a luz solar ou a radiação, por exemplo. A substância alterada pode parecer estranha ao sistema imunológico. Por exemplo, um vírus pode infetar células do organismo e, por conseguinte, alterá-las. As células infectadas pelo vírus estimulam o sistema imunológico a atacar.
  • Uma substância estranha semelhante a uma substância natural do organismo pode penetrar no corpo. O sistema imunológico pode atacar acidentalmente a substância semelhante do organismo ao mesmo tempo que persegue a substância estranha. Por exemplo, as bactérias que causam infecções na garganta têm um antígeno semelhante a um antígeno encontrado em células cardíacas humanas. O sistema imunológico raramente ataca o coração da pessoa após uma infecção na garganta (esta reação faz parte da febre reumática).
  • As células que controlam a produção de anticorpos, por exemplo, as células B (um tipo de glóbulo branco), podem funcionar de forma incorreta e produzir anticorpos anômalos que atacam algumas das células do corpo.
  • Uma substância do organismo que normalmente se encontra limitada a uma área específica (estando, por conseguinte, oculta do sistema imunológico) é liberada na corrente sanguínea. Por exemplo, um soco no olho pode levar o líquido do globo ocular a passar para o fluxo sanguíneo. Esse líquido estimula o sistema imunológico a identificar o olho como estranho e a atacá-lo.

Não se sabe porque algo desencadeia uma reação ou doença autoimune em uma pessoa e não em outra. Entretanto, às vezes há causas hereditárias. Algumas pessoas têm genes que as tornam um pouco mais suscetíveis a desenvolver uma doença autoimune. Esta suscetibilidade ligeiramente aumentada para desenvolver uma doença autoimune é herdada, e não a própria doença. Nas pessoas propensas a apresentar uma doença autoimune, um fator desencadeante, como uma infecção viral ou uma lesão tecidual, pode dar origem a doenças.

Muitas doenças autoimunes são mais frequentes em mulheres.

Sintomas de doenças autoimunes

Os sintomas variam segundo a doença e a parte do corpo afetada. Algumas doenças autoimunes afetam determinados tipos de tecidos em todo o corpo, como os vasos sanguíneos, a cartilagem ou a pele. Existem outras doenças autoimunes que afetam um determinado órgão. Praticamente qualquer órgão, incluindo os rins, os pulmões, o coração e o cérebro, pode ser afetado. A inflamação decorrente e a lesão nos tecidos podem causar dor, deformações nas articulações, fraqueza, icterícia, prurido, dificuldade respiratória, acúmulo de líquido (edema), delírio e até a morte.

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