Confira alguns dos sintomas que as mulheres mais tem se queixado após infecção pelo Coronavirus, conhecidos por serem parte da chamada “Covid longa” e adquiridos especialmente pela nova variante Ômicron
Logo que os primeiros países começaram o isolamento, a ONU Mulheres lançou um alerta mundial, advertindo autoridades políticas, sanitárias e organizações sociais sobre a forma como a pandemia da Covid-19 e o isolamento social poderiam afetar as mulheres – tanto através da sobrecarga de trabalho como através do incremento dos índices de violência doméstica e diminuição de acesso a serviços de atendimento.
Em meio à pandemia de Covid-19, a saúde feminina esteve, muitas vezes, em xeque por diversos motivos. Para além do risco de contaminação pelo coronavírus, a necessidade de isolamento social e o medo de infecção fizeram com que muitas mulheres se distanciassem de atendimentos médicos rotineiros – um fenômeno que ocorreu em todos os cantos do país e que pudemos acompanhar também em nosso consultório médico virtual.
Em termos daquilo que faz parte da natureza da mulher, para iniciarmos a abordar o tema autoestima, qual a mulher que não tem o hábito de parar em frente de um espelho e pensar que precisa emagrecer ou engordar, cuidar da pele, mudar o cabelo, e segue em busca de defeitos e ideias para conquistar uma beleza ideal? Esse sentimento é comum, no entanto, em tempos de pandemia, quando boa parte das pessoas esteve reclusa dentro de casa, esse período foi desafiador para o mundo feminino, que enfrentou alterações emocionais e físicas. Estresse, ansiedade, mudança de humor, ciclo menstrual desregulado e alimentação desregrada foram fatores presentes na vida de boa parte das mulheres.
Como se não bastasse os efeitos gerados pelo isolamento, tem sido necessário ainda lidar também com efeitos adversos que surgem pós-infecção pelo Coronavírus, a chamada Covid longa. Segundo pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia, que analisaram dezenas de estudos sobre o tema com 48 mil pacientes ao todo, os cinco sintomas mais comuns da Covid prolongada são fadiga (58%), dor de cabeça (44%), dificuldade de atenção (27%), perda de cabelo (25%) e falta de ar (24%).
Indo mais a fundo, confira 3 sequelas pós-Covid que tem afetado as mulheres, incomodado suas rotinas e influenciado a queda da autoestima.
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1. Queda de cabelo
De acordo com publicação da BBC, a queda de cabelo pós-Covid é um problema comum e que tem tratamento, sendo que aproximadamente 25% das pessoas acometidas pelo coronavírus sofrem com queda capilar. Ter fios espalhados pelo quarto e outros cômodos da casa, ou que ao tomar banho, ficam nas mãos aos montes tem acontecido com maior frequência.
Atualmente, uma situação que vem preocupando os especialistas é o eflúvio telógeno, a queda de cabelo causada após o paciente contrair a Covid-19, que ocorre devido ao acúmulo de substâncias inflamatórias no corpo e também tem relação com o estresse, a ansiedade e a febre alta, que são sintomas presentes na maior parte dos pacientes em contato com o novo coronavírus.
Com a Covid-19, o corpo vai priorizar o combate ao vírus, com gasto energético. Com os cerca de 100 mil fios em média no couro cabeludo, é normal que em torno de 10% esteja na fase final de vida. Nesse momento em que o corpo precisa de energia para lutar contra a doença, há priorização ao sistema imunológico, diminuindo a produção de fios novos. Além disso, muitos fios que estão em desenvolvimento entram precocemente para a fase final de vida, a telogênica.
Todo mundo costuma perder diariamente até 150 fios. E em condições como o eflúvio telógeno, o volume pode chegar a 300 por dia. Essa queda mais volumosa se dá como uma diminuição geral do volume de cabelo na cabeça.
Um fator que tem sido percebido nos casos de queda de cabelo acentuada ligada à Covid é a distância temporal entre a infecção e a perda de fios. Isso se dá porque o eflúvio telógeno costuma ocorrer três meses depois do fator que desencadeou essa condição de saúde e pode durar de três a seis meses.
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2. Prejuízos à saúde mental
A pandemia causou mais prejuízos à saúde mental de mulheres do que de homens. A pesquisa Women’s Forum, realizada com entrevistados dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), evidenciou o alto impacto da crise do novo coronavírus no bem-estar feminino. Segundo os resultados do levantamento, as mulheres têm sido mais afetadas por estresse, medo e um sentimento de desamparo do que os homens desde o início da pandemia.
Os participantes da pesquisa identificaram, a partir de uma listagem, quais situações estavam vivenciando como consequência da Covid-19. Entre as mulheres, 59% disseram estar com ansiedade, depressão e/ou esgotamento. Já entre os homens, foram 46%. Além disso, 73% das ouvidas afirmaram ter medo do futuro, contra 63% do sexo masculino.
De acordo com a pesquisa, 43% das pessoas do sexo feminino disseram que perderam a confiança em si em decorrência da pandemia de Covid-19. Comparando com os homens, há uma diferença de 10 pontos percentuais: são 33%.
A questão da abdicação ao tempo para autocuidado também foi mencionada. 40% das mulheres afirmaram ter menos tempo para si próprias, contra 34% dos respondentes do gênero masculino. Por fim, 49% das participantes relataram que não conseguem dedicar tempo suficiente para garantir que estão em boa saúde. Entre os homens, são 43%.
A pesquisa on-line foi realizada com 3500 entrevistados – 500 de cada país – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Os dados foram colhidos entre os dias 17 e 31 de agosto de 2020.
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3. Fadiga
A variante ômicron causa mais fadiga em mulheres e jovens. Levantamento realizado pela norte-americana Web MD sugere que o público feminino pode ser mais impactado pela doença, que pode causar efeitos diferentes de acordo com o sexo biológico e com a idade da pessoa.
Para chegar ao resultado, foram analisados dados de 489 pessoas infectadas com a doença entre 23 de dezembro de 2021 e 4 de janeiro deste ano. A pesquisa apontou que a fadiga, um dos principais sintomas associados a essa variante, atingiu o público feminino de maneira mais frequente. Segundo os dados da pesquisa, 34% dos homens relataram ter apresentado forte cansaço após a infecção pelo vírus, enquanto 40% das mulheres disseram ter sofrido com esse quadro.
Ainda de acordo com o estudo, a idade também parece influenciar no impacto da variante Ômicron no organismo. Os resultados indicaram que pessoas mais jovens tendem a sentir mais os efeitos da doença. Enquanto 46% dos participantes com menos de 45 anos relataram sofrer com fadiga durante todos os dias da infecção, 31% das pessoas mais velhas experimentaram o sintoma com a mesma frequência.
Os dados foram obtidos através de um estudo observacional, ou seja, ele possui limitações para estabelecer, por exemplo, uma relação de causa e efeito. Neste caso, não é possível saber as razões concretas que fazem com que as mulheres e pessoas mais jovens apresentem a fadiga com maior frequência após a infecção pela variante Ômicron, em comparação com os homens e pessoas mais velhas.
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Está com sintomas que parecem ser sequelas de Covid ou qualquer outra patologia te incomodando? Queremos te ajudar!
Fontes de pesquisa:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-56345005
https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/38400-omicron-causa-mais-fadiga-em-mulheres-e-jovens-diz-pesquisa
https://radios.ebc.com.br/tarde-nacional/2022/01/omicron-pode-causar-problemas-graves-em-mulheres-gravidas
https://mulheresnapandemia.sof.org.br/